Sobre ranas y pandemia - About Frogs and Pandemic - Sobre as Rãs e a Pandemia

Por @latino.romano

Existe una famosa prueba (al menos así puede llamarse y esperemos que a nadie se le ocurra probarlo en realidad) que propone lanzar a una rana a una olla con agua hirviendo y ver que la rana salta fuera de la olla al instante, pero si el anfibio es lanzado antes, mientras el agua esta fría, y se va calentando poco a poco; la rana no saltará de la olla y terminará muriendo. Sirve para mostrar que solemos acomodarnos a las situaciones incómodas que ocurren a nuestro alrededor como pequeños problemas, nos acostumbramos a las desavenencias y peligros hasta que estos acaban con nuestra vida.

Es cierto que tenemos la tendencia a confiarnos de aquella cosas que nos son comunes y conocidas, sin importar cuan peligrosas sean.

Si voy a trepar un árbol por primera vez, quizá sea muy cuidadoso con donde coloco mis manos a cada instante. Me paro sobre una rama y me preocupa que soporte mi peso, pero cuando he trepado muchas veces el mismo árbol, ya no siento la misma preocupación, estoy más confiado y eso propicia que cometa errores. Errores que pueden ser mortales.

En estos tiempos de pandemia muchas personas se están acostumbrando a la presencia del virus, lo que genera una rutina a la que se acostumbran: usar tapabocas, lavarse las manos, mantener la distancia. Pronto comienzan a usar el tapabocas sin cubrirse completamente o simplemente olvidan usarlo en ambientes donde se siente seguros. Lo mismo ocurre con el lavado de manos y la distancia entre individuos.

Esto es peligroso, podríamos perder la vida si nos contagiamos con el virus. Aunque sea un comportamiento normal entre humanos, el de confiarnos y bajar la guardia, debemos mantener las medidas básicas de protección y no olvidarnos de las razones para ello.

No olvidemos a la rana de la famosa prueba, este tipo de resiliencia no es positiva para nosotros.

Descargo de responsabilidad: Las opiniones que se traslucen en este texto obedecen a la óptica personal del autor quien, como toda persona, tiene derecho a expresarlas respetuosamente.

Gheyzer J. Villegas (@latino.romano) es un escritor hispano de relatos y poemas, miembro del mundialmente reconocido grupo The Alliance para quien escribe estos textos inéditos…

English version

 

By @latino.romano

There is a famous test (at least that's what it can be called, and let's hope that nobody actually thinks of trying it) that proposes throwing a frog into a pot of boiling water and seeing that the frog jumps out of the pot instantly, but if the amphibian is thrown first, while the water is cold, and it gets warmer little by little; the frog will not jump out of the pot and end up dying. It serves to show that we tend to accommodate the uncomfortable situations that occur around us as small problems, we get used to the disagreements and dangers until they end with our lives.

It is true that we have a tendency to rely on those things that are common and known to us, no matter how dangerous they are.

If I'm climbing a tree for the first time, I might be very careful where I put my hands at every moment. I stand on a branch and worry that it will support my weight, but when I have climbed the same tree many times, I don't feel the same concern, I am more confident and that makes me make mistakes. Mistakes that can be fatal.

In these times of pandemic, many people are getting used to the presence of the virus, which creates a routine to which they become accustomed: wearing masks, washing their hands, keeping their distance. Soon they start using the mouthpiece without completely covering themselves or simply forget to use it in environments where it feels safe. The same goes for hand washing and distance between individuals.

This is dangerous. We could lose our lives if we get the virus. Although it is normal human behaviour to trust and lower one's guard, we must maintain basic protection measures and not forget the reasons for this.

Let's not forget the frog in the famous test, this kind of resilience is not positive for us.

 

Disclaimer: The views expressed in this text are those of the author, who, like everyone else, is entitled to express them respectfully.

Versão em português

 

Por @latino.romano

Há um famoso teste (pelo menos é assim que se pode chamar, e esperemos que ninguém pense realmente em experimentá-lo) que propõe atirar um sapo para um pote de água a ferver e ver que o sapo salta instantaneamente do pote, mas se o anfíbio for atirado primeiro, enquanto a água está fria, e aquece pouco a pouco; o sapo não vai saltar do pote e acabar por morrer. Serve para mostrar que tendemos a acomodar as situações desconfortáveis que ocorrem à nossa volta como pequenos problemas, habituamo-nos aos desacordos e perigos até que eles acabem com as nossas vidas.

É verdade que temos tendência para confiar nas coisas que são comuns e conhecidas por nós, por muito perigosas que sejam.

Se estou a subir a uma árvore pela primeira vez, posso ter muito cuidado onde ponho as minhas mãos em cada momento. Estou num ramo e receio que ele me suporte o peso, mas quando já subi muitas vezes à mesma árvore, não sinto a mesma preocupação, estou mais confiante e isso faz-me cometer erros. Erros que podem ser fatais.

Nestes tempos de pandemia, muitas pessoas estão a habituar-se à presença do vírus, o que cria uma rotina a que se habituam: usar máscaras, lavar as mãos, manter a distância. Em breve começam a usar o bocal sem se cobrirem completamente ou simplesmente se esquecem de o usar em ambientes onde se sentem seguros. O mesmo se aplica à lavagem das mãos e à distância entre indivíduos.

Isto é perigoso. Podemos perder as nossas vidas se apanharmos o vírus. Embora seja um comportamento humano normal confiar e baixar a guarda, temos de manter medidas básicas de protecção e não esquecer as razões para tal.

Não esqueçamos o sapo no famoso teste, este tipo de resiliência não é positivo para nós.

 

Aviso: Os pontos de vista expressos neste texto são os do autor, que, como todos os outros, tem o direito de expressá-los respeitosamente.