As observações de Isaac Newton sobre as cores e suas propriedades no século XVII foram muito precisas para a época, ali foi o ponto de partida da ótica e o estudo das cores, mas também foi o pontapé inicial para entendermos que a nossa visão não é tão ampla quanto os gregos e outros pensadores medievais imaginavam.
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Ao fazer o experimento com um estreito feixe de luz direcionado ao prisma, Newton percebeu que, uma parte daquela luz era refletida e outra parte, a que passava pelo prisma, se dividia em bandas de cores diferentes. Depois de diversas observações, Newton hipotetizou que as cores eram compostas por pequenos corpos (as partículas) e que cada cor se movia em velocidade diferente dentro da matéria transparente, o prisma no caso.
Após os sucessos de observação nesse campo, por algum motivo, Newton parou seus testes, talvez não tenha encontrado nada novo. Até que por volta do ano de 1800 William Herschel decidiu medir a temperatura das cores obtidas através do prisma.
Herschel então colocou um termômetro de mercúrio para medir cada cor e um ao lado do vermelho, que funcionaria como um controle da temperatura do ambiente, pois ali não havia luz para medir. Logo após as primeiras observações, ele percebeu que o termômetro de controle possuía uma temperatura mais alta que os que estavam nas cores, trocou os termômetros de posição e refez o teste várias vezes.
Neste momento Herschel descobriu a radiação infravermelha (infra=abaixo, latim) e demonstrou que o calor pode ser captado como uma imagem mas que não é percebido pelo olho humano. Anos depois Johann Wilhelm Ritter descobriu a radiação ultravioleta e consequentemente surgiram outras descobertas posteriores, o Raio-X, micro-ondas, as ondas curtas de rádio e outras que não são percebíveis pelo olho humano.
Observando a imagem deste artigo, podemos perceber que o olho humano possui uma pequena faixa de visão comparado a todo o espectro, apenas a faixa das cores. Enquanto outros mamíferos que possuem a capacidade de visão insuficiente ou onde o meio a impossibilite, utilizam-se de outros mecanismos para locomoção, as ondas ultrassónicas ou biossonar, como as baleias, golfinhos e morcegos.
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Portanto, Newton nos abriu uma porta fantástica com suas observações, não apenas na área do conhecimento do olho humano, mas também na área da comunicação e da medicina, claro que todas essas descobertas foram posteriores, mas se em determinado momento ele não tivesse sido “curioso”, talvez hoje não teríamos determinados avanços.
E por mais que muitas pessoas acreditem que o olho humano é uma obra quase perfeita do “criador”, lembrem-se que este olho possui um pequeno campo de visão do que pode ser observável e que também sofre desgaste pelos raios UV, portanto, o olho humano não é tão perfeito assim.
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